Sobre a ferry

A viagem para Londres foi cansativa e bem diferente do que havíamos planejado.
Em uma das minhas crises de achar que a Rafa já aguenta tudo, eu resolvi que não precisava levar o carrinho dela para Londres (tipo, ela não usa o carrinho desde o verão passado!!! E ela já tem 4 anos!!). Resultado: eu descobri de uma maneira bem sofrida que crianças de 4 anos não aguentam andar 8-10 kilômetros por dia!
E outra, mesmo estando acostumada a carregar os meus 15 quilos de alegria (aka Rafa), carregar 15 quilos por 8 – 10 kilômetros não é uma coisa tão fácil assim não!! Principalmente quando os 15 quilos querem dormir!!
Por causa da Rafa tivemos que cortar vários passeios da nossa lista e voltar para o hotel cedo no domingo (que era o dia que tínhamos planejado ir do hotel perto da Tower Bridge até a Oxford Street, passando pelo Big Ben + Parliament + Westminster Abbey + Buckingham Palace …).
Uma pena … mas agora eu já sei como é que vai ser em Berlim e me preparo!
Vamos ao post …

Como eu havia dito aqui, há tempos nós só vamos para a Inglaterra de carro + ferry. E dessa vez eu lembrei de tirarmos fotos para mostrar um pouco como é viajar de ferry.

Ir da Bélgica para Callais é bem fácil. Vc vai dirigir até o litoral e logo é bombardeado por placas mostrando Callais (ou Dunkerque). Quando estiver bem próximo da fronteira entre Bélgica e França, começam as placas mostrando o caminho até o terminal de ferry boats. É bem sinalizado e nada complicado.
Logo que vc entra no terminal, vc automaticamente entra na fila da alfândega (que dessa vez estava bem movimentada).

Na alfândega voce vai precisar:
– passaportes (para alguns países da União Européia não é necessário a apresentação do passaporte, a carteira de identidade local já é o suficiente. Posso afirmar que belgas, holandeses, franceses e luxemburgueses não precisam do passaporte. Não sei quanto aos outros países da U.E.);
– se vc estiver viajando com crianças sem um dos pais, precisa apresentar a autorização do pai ausente;
– documentação comprovando residência legal em algum país da U.E. (não é obrigação, mas se vc mora em algum país europeu, ajuda MUITO levar o seu documento provando o mesmo – para quem mora na Bélgica é o verblijfsvergunning);
– comprovante da sua reserva no hotel.
– se estiver viajando do Brasil para a Europa e for entrar na Inglaterra por ferry (ou por trem), precisa mostrar a sua passagem de volta para o Brasil.
O visto para a entrada na Inglaterra (para os não residentes na Europa) é no mesmo esquema que nos aeroportos: é a alfândega que te permite ou não entrar no país e o “visto” é dado/ou negado na hora.

Passando pela alfândega, vc vai até a cabine da companhia que escolheu e faz o check-in. Eles te dão o número da fila onde vc deve se posicionar, vc dirige até lá e espera (não deu tempo de tirar foto desse processo todo pq eles nos colocaram numa ferry mais cedo e já estavam embarcando).


essa foi a ferry da volta

Já na ferry você só deve se lembrar de pegar tudo aquilo que possa vir a precisar à bordo pq não dá para voltar para o carro até chegarem ao destino.
As ferries são enormes. São vários andares com lojinhas duty-free (mas o preço não tem os impostos descontados, você deve pedir para que a vendedora preencha o formulário caso queira fazer uso do isenção de impostos), cafés, máquinas de apostas (eu não sei o nome dessas máquinas, mas tipo aquelas máquinas que você em cassinos e talz), fliperamas e televisões (essas nem sempre estão ligadas mas é só pedir para algum funcionário).

A viagem dura 1 hora e meia mas me parece sempre bem mais curta (talvez seja pq eu fico um tempão namorando todos os produtos da Benefit e depois perca vários minutos analisando qual muffin eu deveria comer: chocolate ou blueberry).

Em um dia claro, dá para ver a França logo que se sai de Dover. E o contrário também se aplica, logo que se sai da França, dá para ver a “muralha” de Dover (White Cliffs).

A segurança na ferry:
Em Dover eu nunca vi as pessoas controlando os carros (abrindo porta malas e talz), em Callais isso é bem mais comum. Os guardas muitas vezes passam de carro em carro pedindo para que os motoristas abram o porta malas para que eles possam olhar.